Pular para o conteúdo principal

Ações tentam evitar atropelamento de animais após incêndio no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros




Voluntários e a Polícia Rodoviária Estadual estão implantando ações para tentar evitar que animais sejam atropelados após o incêndio no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Muitos deles se aproximam das rodovias em busca de alimento e abrigo.

As chamas foram extinguidas, mas destruíram 66 mil hectares da reserva. A queimada foi considerada a maior da história da unidade.

De acordo com o chefe do parque, Fernando Tatagiba, durante a queimada não foram registradas mortes de grandes e médios mamíferos, tampouco aves. Apenas uma arara foi resgatada com pequenas queimaduras nas asas.

O risco, agora, é dos animais que conseguiram fugir dos incêndios, sejam atropelados. “Tivemos um tamanduá-mirim e também emas atropeladas após o incêndio. Esses animais ficam sem abrigo e também com quantidade reduzida de alimentos, então acabam chegando até às rodovias e podem ser atingidos”, disse Tatagiba.

O chefe do parque conta ainda que alguns voluntários estão se mobilizando e fazendo placas para alertar para o risco de animais na pista e também para a necessidade de se diminuir a velocidade nas rodovias.

“Esses voluntários, de certa forma, agora ajudam a preparar a Chapada dos Veadeiros para visitação novamente. E esse cuidado, essa conscientização, faz parte também”, contou.

A Polícia Rodoviária Estadual informou que também está atenta ao risco de animais nas pistas, o que aumenta o risco de acidentes.

“Já estamos intensificando a fiscalização na região e planejado ações para esse feriado, e uma das nossas preocupações são os animais atravessando a rodovia. Também estão sendo feitas ações de educação, patrulhamento e a utilização de radares móveis. A Ageto [Agência Goiana de Obras e Transportes] também instalou sonorizadores, que reduzem a velocidade, em vários pontos da rodovia”, explicou o coronel Márcio Vicente da Silva, comandante do policiamento rodoviário.

Impacto ambiental

A professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) Luciana Batalha de Miranda Araújo, especialista em medicina de animais selvagens, conta que ainda é difícil medir o impacto ambiental após esse incêndio.

“Temos que esperar esses animais voltarem ao seu ambiente para ver se eles estão machucados, intoxicados com a fumaça. Fora isso, a área queimada é muito grande, então, talvez, não tenha alimento para todos. Com isso, algumas espécies podem sofrer mais, causando a redução na população”, explicou.

Segundo a professora, definir o tamanho do impacto pode demorar anos. “Não é algo tão simples, são vários fatores que precisam ser analisados. Desde ferimentos que podem causar as mortes dos animais nas próximas semanas até briga por hierarquia, podendo até acelerar o processo de extinção de algumas espécies”, completou.

Fonte: G1

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

De São Domingos-GO: Um ano após enterrar a mãe sozinho, Zé Ricardo morre com 80% do corpo queimado

O homem que viralizou na internet após velar e enterrar a mãe sozinho, no ano passado, morreu neste domingo (12), no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, após ter 80% do corpo queimado. José Ricardo Fernandes Ribeiro, conhecido como Zé Ricardo, natural de São Domingos, no nordeste goiano, teria sido atacado na quitinete em que morava, no Conjunto Estrela do Sul, na última sexta-feira (10). Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Segundo o dono da quitinete em que José Ricardo morava, os vizinhos perceberam que havia fogo no local e acionaram o socorro. A vítima foi resgatada por equipes do Samu e Bombeiros, e transportada para o hospital de helicóptero. A autoria e a motivação do crime ainda são desconhecidas. José Ricardo vivia sozinho e seu único familiar é um filho de 19 anos que mora na cidade de São Domingos, e com o qual não mantinha contato, conforme infor

Preso trio suspeito de latrocínio em mambaí/GO. Os três são acusados de matar o professor Fabio Santos e o taxista Raimundo Francisco

Professor Fabio Santos  Trio de suspeitos O professor Fábio Santos que estava desaparecido desde o último sábado (05), foi encontrado morto na manhã desta terça-feira (08), em Mambaí, no nordeste goiano. Ainda havia esperanças de que o professor pudesse estar vivo, mas as esperanças acabaram nesta manhã. O corpo do professor estava enterrado no setor Novo Mambaí. De acordo com as informações, o professor Fabio Santos foi vitima de latrocínio. O trio de suspeitos de participar do crime, foram presos por volta das 05h00 desta terça-feira em Luis Eduardo Magalhães, no oeste baiano. João Pereira, de 19 anos, e os menores D.S. N.L e G.J., são os principais suspeitos também de ter torturado e matado o taxista Raimundo Francisco Dourado, de 53 anos, a pedradas, pauladas, ainda passaram o carro que eles estavam por cima da vítima, além de roubar vários pertences do mesmo e o carro, eles também são acusados de matar e enterrar no quintal da residência do mesmo, o prof

Morador de Campos Belos-GO morre em acidente com moto na GO-118

Um morador de Campos Belos, nordeste do estado, morreu ao cair de uma motocicleta, quando voltava de Brasília, na última sexta-feira (8). Ele trafegava pela rodovia GO-118, próximo à cidade de São João da Aliança, no nordeste do estado, quando caiu do veículo. Ronisson de Sousa Celestino tinha 28 anos e somente foi achado no sábado, por um homem que viu o corpo e a moto caídos nas margens da rodovia. De acordo com uma amiga da vítima, ele morava em Campos Belos, mas estava sempre no assentamento Marcos Lins, onde trabalhava com seu pai. Não se sabe ao certo o que ocorreu para ele ter perdido controle do veículo, de forma fatal. Só a perícia da Polícia Civil poderá desvendar a dinâmica do acidente e a morte dele.