O Carnaval
mal terminou e os primeiros números indicam que as mortes nas estradas federais
aumentaram 30%. A imprudência e a bebida ao volante estão entre as causas das
tragédias registradas até agora.
Os policiais
estão de olho nas estradas. Mesmo assim, muitos motoristas insistem nas
infrações. Misturam álcool e volante e até em serviço, como um homem, de 61
anos, que dirigia uma ambulância. Ele foi reprovado no teste do bafômetro na
BR-153, na Região Metropolitana de Goiânia. Na ambulância não tinha paciente.
Ele admitiu ter tomado cerveja.
E tem
aqueles que usam as rodovias como pistas de corrida. Chegam a quase 200
quilômetros por hora, quando o máximo permitido é 110. O resultado da
imprudência é trágico. Pelo balanço da Polícia Rodoviária Federal,106 pessoas
morreram nas BRs do país nos primeiros quatro dias de Carnaval, 30% a mais que
no mesmo período no ano passado, quando foram contabilizadas 81 mortes.
Goiás
registrou um dos acidentes mais graves. Nove pessoas morreram na batida entre
dois carros em Alvorada do Norte, na BR-020. Com o impacto, um dos carros pegou
fogo. Outras cinco mortes aconteceram em um acidente na BR-452, em Rio Verde,
envolvendo três veículos.
Na Rodovia
Fernão Dias, no sul de Minas, um caminhão desgovernado atingiu dois carros. O
motorista do caminhão e três pessoas de uma mesma família morreram.
A Polícia
Rodoviária Federal afirma que a maior parte dos acidentes acontece quando o
motorista está perto do destino. É que aí vêm o cansaço, a ansiedade e muita
gente se arrisca em ultrapassagens proibidas. Essa foi a principal causa de
acidentes nas estradas brasileiras nesses dias de feriadão.
“É
imprudência, porque tem como fazer uma viagem tranquila. Não pode ficar
querendo chegar logo, porque aí não vai chegar”, advertiu o instalador Jérson
dos Santos.
Em quatro
dias de operação, a PRF registrou quase sete mil ultrapassagens proibidas pelo
país, 16% a mais que em 2016.
“Essa
insistência em, às vezes, antecipar a viagem em 30 segundos, nós estamos
denominando de uma estupidez criminosa que está lesionando de forma fatal
pessoas inocentes”, disse o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato
Borges Dias.
Fonte: Bom
dia Brasil
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