O secretário
de Governo, Ernesto Roller, informou nesta segunda-feira (4) que o programa
Goiás na Frente tem 312 obras paradas devido à falta de repasse de verbas do
estado para os municípios. Ele afirmou que contratos foram firmados sem que
houvesse dinheiro em caixa.
O programa
foi criado em março de 2018 e previa o investimento de R$ 9 bilhões. Seriam
feitas obras na área da saúde, educação, segurança pública, saneamento,
habitação e infraestrutura. Porém, durante a apresentação, Roller disse que
parte dos recursos foi usado em shows e festivais.
O secretário
informou que apenas 30% do valor dos contratos firmados foi repassado. Com
isso, muitas das obras estão se deteriorando. “Esses R$ 9 bilhões não existiram
em caixa. Foram firmados contratos sabendo que não havia verba. Vendeu-se uma
expectativa que não poderia ser cumprida”, disse.
A reportagem
tenta contato com os ex-governadores para saber informações sobre os repasses
de verbas dentro do programa.
Dos R$ 500
milhões em contratos já firmados, foram repassados R$ 166,1 milhões. Apenas 38
dos 395 convênios foram concluídos. 249 projetos não tiveram nem 50%
finalizados e outros 45 sequer foram iniciados.
Entre as
obras paradas está uma de pavimentação em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do
Distrito Federal. O governo deveria fazer um repasse de R$ 14 milhões, mas não
pagou nem a metade, de acordo com o levantamento do atual governo.
O convênio
para a obra da Avenida Leste Oeste, em Goiânia, está na lista dos projetos que
não foram iniciados por falta de repasse. “Essa obra não deve ser feita no
programa Goiás na Frente, porque não há recurso. Estamos fazendo uma análise
ainda, mas o programa não deve continuar”, afirmou o secretário.
O atual
governo, agora, busca alternativas para a solução dos problemas. A equipe
econômica ainda está fazendo um levantamento dos gastos com o programa. “Vamos
conversar com os municípios, alguns deles têm recursos suficiente para
finalizar as obras. Em outros casos, os convênios precisarão ser rescindidos,
porque o estado não tem verba para continuar o projeto”, completou Roller.
Fonte: G1
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