Um dos
filhos de João de Deus, Sandro Teixeira de Oliveira foi preso na manhã do
último sábado (2), em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo apurou a TV
Anhanguera, a Justiça recebeu denúncia do Ministério Público contra ele por
coação no curso do processo e corrupção ativa e determinou a detenção.
No mesmo
processo, o médium, preso desde dezembro acusado de crimes sexuais, também
responde pelo crime. João de Deus sempre negou as acusações.
O advogado
de Sandro, Guilherme do Amaral Pereira, negou todas as acusações. Disse que o
caso que motivou a prisão ocorreu em 2016, em Alto Paraíso de Goiás, região
noroeste do estado, onde o filho do médium, segundo o defensor, jamais esteve.
"Ele
nunca esteve em Alto Paraíso, a testemunha não reconhece ele. Ele estava em
outro local no dia do fato e há como provar e a como provar, ele já demonstrou
isso até mesmo ao MP, que fez vista grossa. É uma prisão arbitrária. Iremos
tomar as medias judiciais possíveis para retirá-lo daqui. Temos uma denúncia
totalmente sem materialidade", disse.
O Tribunal
de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que, além do mandado de prisão contra
Sandro, a juíza Rosângela Rodrigues, da comarca de Abadiânia, também expediu
uma nova ordem de prisão contra João de Deus, que está detido.
Já o
advogado de João de Deus, Alberto Toron, informou que desconhece "qualquer
acusação de corrupção de testemunha".
Sandro foi
denunciado no dia 24 de janeiro no caso envolvendo uma testemunha, em 2016. Na
ocasião, segundo o promotor Augusto César de Souza, um dia após o registro do
crime, o médium já tinha conhecimento do boletim de ocorrência e tentou, junto
com o filho, "comprar" a testemunha.
"João
de Deus e o seu filho, que estava armado, foram até a cidade da vítima, no
norte do estado, e ofereceram a uma das testemunhas que acompanhou a vítima
pedras preciosas que valiam R$ 15 mil para que fosse retirado o registro",
contou o promotor.
O MP pediu
as seguintes medidas cautelares para o Sandro: não sair de Anápolis, onde mora;
não se aproximar das vítimas; e comparecer ao juiz mensalmente.
Porém,
segundo a TV Anhanguera, a Justiça entendeu que a prisão de Sandro também era
necessária.
Fonte: G1
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