Em Campos Belos/GO, vaqueiro que matou ex-mulher com gargalho de garrafa é condenado a quase 20 anos de reclusão
O Tribunal
do Júri de Campos Belos, nordeste de Goiás, decidiu nesta segunda-feira (25) e
considerou o vaqueiro Irapuã Luciano da Silva culpado pelo crime de homicídio
doloso qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da
vítima.
Ele matou a
ex-mulher a golpes de gargalo de garrafa, em setembro de 2014.
O rapaz
estava respondendo ao processo em liberdade, mas diante da condenação e do
recente entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) de que as condenações
proferidas pelo Tribunal do Júri devem ser cumpridas imediatamente, o promotor
de Campos Belos, Bernardo Monteiro, pediu a imediata prisão e ele saiu do fórum
preso, após o juiz deferir o pedido.
O feminicídio
ocorreu no Setor Bem Bom.
Irapuã
Luciano, inconformado com a separação, matou a ex-mulher dentro de um bar, no
início da noite do domingo, 28 de setembro.
Segundo as
informações divulgadas por testemunhas, na época, o casal bebia dentro de um
bar, por volta das 7h da noite, quando, depois de uma breve discussão entre
ambos, o algoz quebrou uma garrafa e, com o gargalho, aplicou um golpe no
pescoço da vítima.
Gravemente
ferida, a mulher chegou a ser socorrida ao Hospital Regional de Campos Belos (Anjo
Galvão), mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante o transporte feito
pelo SAMU.
O assassino,
logo após a covarde agressão, fugiu do local. Uma testemunha contou o drama dos
familiares da moça na porta do hospital, durante o socorro feito pelo SAMU.
"Estava
lá no hospital com meu irmão - que está internado - e vi quando deram a notícia
à família. Muitas pessoas desesperadas, sobrinhos, irmãs. Não conheço a mulher
e não me recordo do nome. Foi o maior desespero".
O vaqueiro
foi condenado a 19 anos e 6 meses de reclusão, no regime fechado, onde passou a
cumprir a pena imposta pela Justiça Criminal a partir de ontem, 25 de
fevereiro.
Fonte:
Dinomar Miranda
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