Quatro presos na Operação Circo da Morte são soltos. Único que permanece preso é o tenente-coronel Carlos Eduardo Belelli
Quatro dos
cinco presos na Operação Circo da Morte, que foi deflagrada pelo Ministério
Público de Goiás (MPGO) e a Polícia Federal (PF), foram liberados após terem
deferido habeas corpus nesta terça-feira (19).
O documento
foi requerido pela defesa dos policiais por meio da Associação dos Oficiais da
Polícia e do Corpo de Bombeiros de Goiás (Assof). O único que segue preso é o
tenente-coronel Carlos Eduardo Belelli, do 26° Batalhão da Polícia Militar de
Caldas Novas.
O documento
foi julgado favorável pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de
Goiás. O sargento Ismael Fernando Silva,
o cabo Raithe Rodrigues Gomes, o subtenente Alessandro Bruno Batista e o
sargento Ruimar Felipe Maia foram favorecidos com a decisão. Toda sustentação
foi feita pela advogada Rosângela Magalhães de Almeida, contratada pela Assof para
realizar a defesa.
A Assof
divulgou uma nota pelas redes sociais na qual destaca que recebeu a notícia
“com imensa alegria e com a sensação de dever cumprido”. A associação afirmou
ainda que “não foge a luta e está sempre pronta e acessível para atuar na
defesa de seus associados e de todos os policiais e bombeiros militares que
forem injustiçados”.
Entenda
A operação
foi deflagrada em dezembro do ano passado com o intuito de investigar a atuação
de policiais em um grupo de extermínio em Caldas Novas, Santo Antônio do
Descoberto e Alto Paraíso de Goiás. Os casos investigados são as mortes de
Douglas Carvalho da Silva, de 27 anos, e de Carlos Soares dos Prazeres Junior,
de 18 anos, ocorridas em março de 2017, em Caldas Novas, após uma suposta troca
de tiros com militares.
Também são
investigadas as mortes de Darlei Carvalho da Silva, de 31 anos, e da sua
namorada, Dallyla Fernanda Martins da Silva, de 21 anos, também ocorridas em
março de 2017. Segundo as investigações à época, os dois foram sequestrados
dentro de casa por homens encapuzados que se diziam policiais, em Santo Antônio
do Descoberto. O intuito é saber se esses confrontos eram forjados e se havia
algum recebimento para essas mortes.
Belelli
estava à frente da operação que terminou com a morte de Douglas. Ele chegou a
concorrer o pleito de 2018 para o cargo de deputado estadual, mas não foi
eleito, mesmo sendo o mais votado em Caldas Novas.
A reportagem
não conseguiu contato com a defesa do tenente-coronel.
Fonte: Mais
Goiás
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