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Cavalcante/GO: Ex-vereador foi absolvido de processo de estupro



Em 2015, casos de abuso sexual que já havia sido registrados em Cavalcante foram denunciados pelo imprensa, e em seguida pela imprensa nacional. As histórias envolviam autoridades da cidade, sendo uma delas uma denúncia contra o ex-vereador Jorge Elias Ferreira Cheim, marido da então vice-prefeita da cidade, Maria Celeste Alves. Na época, uma adolescente, que estava vivendo com o casal na zona urbana, denunciou ao Conselho Tutelar que havia sido abusada pelo homem.

Cheim foi absolvido pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) em abril do ano passado. A Câmara entendeu que não existia prova suficiente para a condenação.

A reportagem questionou ao Ministério Público porque não houve recurso da decisão em segunda instância, ao que o órgão afirmou que tanto o recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) “não podem ser utilizados para rediscutir os fatos, analisar as provas do processo, ou seja, rever a questão de mérito do caso”. Jorge já havia sido absolvido em 1ª instância, mas o MP recorreu, em janeiro de 2018. O processo agora está em fase de arquivamento.

A jovem que denunciou o abuso na época conta ter medo ainda hoje. Ela parou de estudar há alguns anos, mas diz sonhar em se formar e se tornar professora de Matemática. A adolescente ainda não completou a maioridade, mas é casada há mais de três anos e possui duas filhas. Sua irmã, de 15 anos, foi abusada sexualmente pelo padrasto, e a menina já havia sido abusada por um tio. Hoje ela conta ter medo que algo assim aconteça por suas filhas.

A adolescente, que ainda vive em uma comunidade quilombola, reclama que na região não há infraestrutura básica, assim como emprego para mulher. “Só tem para homem. A gente tem que ficar em casa”, disse.

À reportagem, Cheim garante que nunca houve abuso, assim como foi entendido pelo Judiciário. O ex-vereador afirma que tudo não passou de uma armação política, envolvendo o ex-vereador Ronan Lopes da Luz e um outro ex-político da cidade, tudo com a intenção de prejudicá-lo politicamente. Os seus adversários teriam pagado para que a menina fizesse a denúncia.

Cheim afirma que o casal cuidou da menina em razão de um problema envolvendo os pais, e um abuso cometido pelo tio. “A sorte que eu tive é que o juiz percebeu que havia uma questão política nisso. Mas houve todo um constrangimento”, disse. Segundo ele, a menina se contradisse em vários depoimentos - hora afirmando que havia sido ele, hora dizendo que não sabia. A reportagem não conseguiu acesso aos autos com o Judiciário, tampouco com o advogado de Cheim, por se tratar de um processo de estupro, o que o torna sigiloso.

A reportagem não irá apontar o nome do outro político citado por Cheim por não ter conseguido contato com ele, para que o mesmo desse sua versão. Já em relação ao ex-vereador Ronan Lopes, ele afirma que jamais pagou alguém para denunciar por estupro um adversário político. “Se eu soubesse de alguma coisa, eu mesmo denunciava”, disse.

Fonte: O Popular

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