O coronel
Marcelo Martins, coordenador de Operações, e Adriana Silva, coordenadora de
Planejamento, ambos do Projeto Rondon, se reuniram na manhã de terça-feira, dia
10, com o governador Ronaldo Caiado, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia.
Durante a reunião, ficou acertado que o trio realizará outra viagem, neste
sábado e domingo, dias 14 e 15, com destino a Cavalcante.
A ideia é
estudar a possibilidade de toda a região do Nordeste goiano ser contemplada com
as operações do Projeto Rondon no ano que vem. A comitiva que veio de Brasília
foi liderada pelo coordenador-geral do programa, vice-almirante Luiz Octávio
Barros Coutinho, e também contou com a participação do coordenador de
Comunicação Social do projeto, coronel Alexandre Scholtz.
A equipe
expôs ao governador números da iniciativa e mostrou interesse em firmar parceria
com o Estado para que os municípios goianos sejam contemplados com uma das três
operações previstas para 2020/2021.
Criado em
1967 com um caráter mais assistencialista e, na época subordinado ao Ministério
do Interior, o Projeto Rondon visa à soma de esforços entre governos federal,
estadual e municipal, lideranças comunitárias e população, a fim de contribuir
com o desenvolvimento local sustentável, com a construção e promoção da
cidadania. A primeira etapa do programa durou até 1989.
A segunda
fase foi relançada em 2005 e permanece até os dias atuais, agora com a
coordenação do Ministério da Defesa. O objetivo principal migrou do
assistencialismo para a capacitação. O intuito, agora, é impactar as lideranças
comunitárias, os agentes multiplicadores, os difusores e os replicadores,
professores, agentes de saúde, servidores públicos, organizações da sociedade
civil e comunidade geral, capacitando-os em diversas áreas de conhecimento,
como saúde, educação, direitos humanos e justiça, cultura, trabalho, meio
ambiente, entre outras.
Ao
apresentar o projeto ao governador Ronaldo Caiado, o vice-almirante Luiz
Octávio lembrou que, com esta nova roupagem, o programa esteve em Goiás em
2009, no Entorno do Distrito Federal, com a participação de 25 municípios, e em
2010, na região de Jataí, no Sudoeste goiano.
Com base no
Índice Multidimensional de Carência das Famílias de Goiás (IMCF), desenvolvido
pelo Instituto Mauro Borges para identificar as cidades mais vulneráveis no
Estado, o governador mostrou o impacto positivo que o Projeto Rondon teria na
vida de milhares de famílias de 27 municípios do Nordeste Goiano.
“São
populações extremamente carentes; povoados sem energia elétrica há mais de 20
anos, casas com paredes de adobe, sem vaso sanitário. Essas pessoas perderam a
autoestima; não têm emprego. Nosso governo tem priorizado ações públicas nesses
locais e o apoio de vocês seria fundamental para o resgate da cidadania delas,
para conseguirmos eliminar as desigualdades regionais no nosso Estado”,
ressaltou Caiado.
Além da
visita técnica no fim de semana, o governador designou o presidente do IMB,
Cláudio André Gondim; a diretora-geral da Organização das Voluntárias de Goiás
(OVG), Adryanna Caiado; e o professor Marcelo Reis Garcia, que também
participaram da reunião desta terça, para ser a ponte de negociação com os
representantes de Brasília a fim de viabilizar uma operação do projeto no ano
que vem em Goiás.
Execução
As operações
do Projeto Rondon são realizadas nos meses de janeiro, fevereiro e julho, quando
equipes de universitários e professores são enviadas a dezenas de municípios
para executar o trabalho planejado ainda nos bancos acadêmicos e aprovados pela
Comissão de Avaliação de Propostas do Projeto Rondon (CAPPR). Essas equipes
priorizam áreas que apresentam maiores índices de pobreza e exclusão social,
bem como áreas isoladas do território nacional que necessitem de maior aporte
de bens e serviços.
A atuação
dos universitários tem por prioridade o desenvolvimento de ações
transformadoras e duradouras para a população e a administração municipal,
ampliando as forças e os valores da sociedade local por meio de atividades
participativas, democráticas e emancipadoras.
Desde o
relançamento, em 2005, o projeto realizou 84 operações, em 1.237 municípios de
24 unidades da federação, com a participação de 2.355 instituições de ensino
superior e 23.401 “rondonistas” (universitários e professores), alcançando
cerca de 2 milhões de pessoas.
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