Goiás
registrou, até a última terça-feira (3), 2.010 focos de incêndio, de acordo com
dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Só nos primeiros
três dias deste mês já foram 120 casos, mas o número pode crescer
significativamente porque, segundo as estatísticas, setembro é o mês com maior
ocorrência de queimadas. A média histórica é de 2.277.
Até o fim de
agosto, o Estado tinha número de queimadas 21% superior na comparação com a
quantidade do mesmo período no ano passado.
Também em
agosto, o Corpo de Bombeiros de Goiás realizou 2.226 atendimentos a incêndios
florestais, sendo 2.131 em vegetação e 95 em áreas de cultura agrícola. Nos
oito primeiros meses deste ano, houve 6.358 atendimentos - de janeiro a
novembro de 2018, foram 5.803.
Não há
detalhamento sobre a dimensão de tais ocorrências em meio às estatísticas da
corporação. Contudo, há exemplos recentes de grandes incêndios, como os
registrados nos parques nacionais da Chapada dos Veadeiros, no Nordeste do
Estado, e das Emas, no Sudoeste Goiano, e nas cidades de Hidrolândia e Goianira.
Nestes casos, o fogo começou ainda no fim de semana e se alastrou nos dias
seguintes. Nos dois municípios mencionados, os bombeiros atuavam no combate
ainda nesta quarta-feira (4).
Goianira
Uma Área de
Proteção Permanente (APP) às margens do Rio Meia Ponte, em Goianira, na região
metropolitana de Goiânia, foi atingida por um incêndio na última semana. Nesta
quarta-feira, a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente
(Dema) esteve em uma fazenda que fica no local e identificou indícios de que o
fogo teve início na tentativa de queimar madeira que restou de desmatamento e
acabou saindo de controle. Relatos dados à polícia indicam que a queimada teria
começado há uma semana e seguiu lentamente. Segundo o delegado Luziano Carvalho,
uma área de vegetação à beira do rio, com cerca de 2 km de comprimento, foi
queimada. “O dano é gravíssimo”, diz o titular da Dema.
O
responsável pela propriedade, que poderia ter sido preso, não foi encontrado, e
apenas funcionários prestaram depoimento. O caso caracteriza dois crimes contra
a flora, por desmatamento em área de floresta de preservação permanente, com
pena de detenção de 1 a 3 anos; e por provocar incêndio em mata ou floresta,
com pena de reclusão de dois a quatro anos. Para ambos, também cabe multa.
Nacional
No Brasil,
até esta quarta-feira, foram detectados 93.947 queimadas, o que representa um
incremento de 62%. Deste total, 67.030 ocorreram na Amazônia, onde o aumento é
de 78% em relação ao mesmo período de 2018.
Fonte: O
Popular
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