Alvo de
debate por conta do processo da proposta de ampliação, o Parque Nacional da
Chapada dos Veadeiros (PNCV) cumpre um papel que vai muito além da preservação
ambiental, gerando riquezas para a região de Alto Paraíso, no Nordeste de
Goiás.
É o que mostra
uma pesquisa de impacto financeiro realizada pela Universidade de Brasília
(UnB). De acordo com o estudo, a unidade de conservação gerou, no mínimo, R$ 70
milhões à economia da região no ano passado.
O orientador
da pesquisa, o doutor em ecologia André Cunha, explica que o cálculo considerou
os 56 mil visitantes que o parque teve em 2015. Como o número de visitantes
cresceu em 2016, a tendência é que a renda gerada este ano tenha balanço ainda
mais positivo.
“A gente
levanta os custos de viagens dos turistas, quanto tempo ficam lá. Os visitantes
gastam em média por dia 274 reais, entre transporte, hospedagem, compras em
mercados e alimentação. No cálculo, consideramos uma duração média de cinco
dias de viagem”, detalhou.
Entretanto,
para o orientador do Centro de Excelência em Turismo (CET) da UnB, a riqueza
gerada pelo turismo de natureza na Chapada é bem maior. Ele diz que os cálculos
levaram em consideração apenas os visitantes do parque, mas o público de
Veadeiros como um todo é estimado em cerca de 200 mil visitantes por ano. “Esse
impacto financeiro é muito maior”, garante.
A pesquisa
também avaliou a disposição do visitante a pagar uma taxa para a manutenção das
instalações e trilhas do parque. Entre os entrevistados, 91% responderam que
estariam dispostos a pagar 20 reais de ingresso.
Levando em
consideração os dados de visitação de 2015, uma eventual cobrança de ingresso,
no valor de 20 reais, geraria uma receita de mais de R$ 1 milhão por ano à
gestão da unidade de conservação.
Fonte: O
Popular
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