Menino Omran
tornou-se símbolo do drama de Aleppo
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Apesar de
acordo de cessar-fogo, confrontos seguem na cidade, e não há previsão para
retomada da retirada de rebeldes.
"Uma
violação de leis internacionais e muito provavelmente crimes de guerra",
diz comissário da ONU. A esperança sobre o fim da batalha de Aleppo durou apenas
algumas horas.
A retomada
dos combates e bombardeios na segunda maior cidade síria nesta semana mostrou
que a guerra e o drama de civis está longe de acabar.
Menos de um
dia após o início do cessar-fogo que deveria possibilitar a saída dos
insurgentes entrincheirados na cidade, os combates foram retomados pelo
Exército sírio em resposta a uma suposta contraofensiva rebeldes. Ambos os
lados se acusam mutuamente pela quebra da trégua negociada entre Turquia e
Rússia.
Os
presidentes turco, Recep Tayyip Erdogan, e russo, Vladimir Putin, conversaram
sobre a situação na Síria e concordaram que as violações no cessar-fogo
precisam parar e que o acordo negociado pelos dois países deve ser colocado em
prática. Moscou é o principal aliado do ditador Bashar al-Assad, e Ancara apoia
grupos insurgentes.
O alto
comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein,
condenou o fracasso do acordo para a retirada de rebeldes e civis da cidade.
"Enquanto
as razões pela quebra do cessar-fogo são discutidas, a retomada dos intensos
bombardeios pelas forças do governo sírio e de seus aliados numa área cheia de
civis é quase certamente uma violação de leis internacionais e muito provavelmente
constitui crimes de guerra", afirmou Hussein.
Tempo de incertezas
Se
implementado, o acordo poderia marcar o fim da batalha pela cidade e a vitória
definitiva do governo sobre os opositores em Aleppo. A medida prevê que o
regime permita que rebeldes e civis deixem a região em corredores seguros para
locais que eles mesmos escolherem.
A evacuação
dos últimos bairros controlados por rebeldes deveria ter começado nesta
quarta-feira, mas os recentes ataques interromperam os planos.
Não há
nenhuma previsão de quando a retirada acontecerá, mas uma emissora de televisão
pró-oposição disse que a ação pode ser adiada até quinta-feira.
Segundo a
agência de notícias Reuters, militares da aliança que apoia Assad não foram
encontrados para comentar as razões que pararam a retirada dos rebeldes.
O Ministério russo da Defesa afirmou que 6 mil civis e 366 insurgentes deixaram Aleppo nas últimas 24 horas. Estima-se que 15 mil pessoas, incluindo 4 mil rebeldes, estejam esperando pela possibilidade de sair.
O Ministério russo da Defesa afirmou que 6 mil civis e 366 insurgentes deixaram Aleppo nas últimas 24 horas. Estima-se que 15 mil pessoas, incluindo 4 mil rebeldes, estejam esperando pela possibilidade de sair.
Civis presos
nos bairros da zona leste Aleppo em poder dos rebeldes que estão sob o ataque
do Exército sírio denunciaram violações e pediram ajuda. "Houve ataques
contra nós desde a manhã, inclusive nos locais onde as pessoas seriam
evacuadas", disse à agência Efe por telefone Ahmed, que não deu seu
verdadeiro nome por motivos de segurança.
Ahmed
afirmou que os distritos sob ataque estão recebendo disparos de artilharia e
que aviões sobrevoam a região, mas negou que tenha havido bombardeios, como
tinha assinalado anteriormente o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Fonte: Terra
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