Professores atravessam pasto a pé para levar atividades a alunos de comunidade quilombola que não têm internet, em Divinópolis de Goiás
Professores
de um colégio estadual percorrem estradas de chão, atravessam pastos a pé e até
pulam cercas para ensinar e entregar tarefas a estudantes de uma comunidade
quilombola no distrito de Vazante, em Divinópolis de Goiás, no nordeste do
estado.
Mesmo com a
pandemia, os profissionais fazem questão de ir ao local, tomando todos os
cuidados para evitar o coronavírus, porque os alunos não têm acesso à internet.
"Uma
vez por semana, ao invés de os alunos ou dos pais virem até a escola, a escola
deve chegar até esses alunos. O carinho e a presença da escola na família é
muito importante”, afirma a professora Jucenéia Almeida Bispo.
Segundo os
professores do Colégio Estadual Gregório Batista dos Passos, por conta da
pandemia do coronavírus, mais de 100 alunos participam das aulas online. Porém,
o grupo de 14 estudantes que mora na comunidade não consegue acompanhar as
atividades pela internet nem ir até a escola buscar as atividades impressas
devido à falta do transporte escolar.
De acordo
com Jucenéia, ao levar as tarefas, os professores também orientam sobre o
conteúdo. "Estamos organizando as informações de maneira que os alunos
possam entender, com conteúdo e atividades de toda disciplina, até que se
perceba que este aluno tenha compreendido. Não é a mesma coisa, mas é uma
tentativa de não deixar o aluno sem o básico do ensino", explica.
Moradora da
comunidade, a estudante Larissa Sousa Ramos está ansiosa para o retorno das
atividades na escola. “As aulas presenciais seriam bem melhores. Porque é mais prático
para aprender os conteúdos estar do lado dos amigos e dos professores”, disse.
A reportagem
solicitou por e-mail, às 9h50 de segunda-feira (24), uma nota à Secretaria
Estadual de Educação sobre quais medidas podem ser tomadas para aumentar o
acesso dos alunos às atividades e aguarda retorno.
Fonte: G1
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