Curso em parceria com a Fiocruz insere Projeto de Intervenção, utilizado como ferramenta na criação do Plano Municipal de Saúde de Posse-GO
O Projeto de
Intervenção (PI), conteúdo inserido na última edição do curso de Especialização
Lato Sensu em Saúde Pública da Superintendência da Escola de Saúde de Goiás
(Sesg) em parceria com a Fiocruz, é utilizado como ferramenta na construção do
Plano Municipal de Saúde de Posse, no nordeste goiano.
A informação
de que os ensinamentos estavam sendo aplicados nesse município chegou em forma
de agradecimento ao professor Aurélio Melo Barbosa, mestre em Ciências
Ambientais em Saúde e um dos docentes do curso.
Em mensagem
digital, a enfermeira Ana Caroline Faneco Tolari de Souza compartilhou com o
professor imagens da Oficina de Identificação de Problemas, ferramenta que
aprendeu na disciplina de PI para a elaboração do Plano Municipal de Saúde do
município, e escreveu em seguida: “Obrigada, prof. Aurélio, pelo conhecimento
partilhado.”
“É muito bom
receber a informação de que os ensinamentos da especialização em Saúde Pública
da Sesg têm sido aplicados no SUS. Essa inovação nos cursos que a Escola de
Saúde de Goiás ajuda os profissionais a desenvolverem um melhor planejamento
institucional no contexto municipal do SUS”, enfatiza o docente.
Propostas
educacionais
Os
resultados gerados pela implementação dessa estratégia de ensino no curso de
especialização em Saúde Coletiva da SESG deu tão certo que será adotada como
uma das propostas de formação de competências gerenciais e de planejamento nas
propostas educacionais da Sesg.
Inspirado
nos cursos do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, o
projeto de intervenção tem como objetivo fazer com que o aluno busque na sua
realidade os problemas cotidianos vivenciados e, a partir dele, busque um
conjunto de soluções corretivas.
“Na prática,
o PI faz uma análise situacional da realidade do território e propõe ações de
intervenção utilizando os próprios recursos e condições de cada região. Você
levanta a raiz do problema daquele lugar, no contexto e condições de cada
município”, explica a coordenadora de Metodologias Educacionais em Saúde da
Sesg, Kely Cristina de Almeida.
É exatamente
com o objetivo de analisar a realidade de Posse que Ana Caroline, também
coordenadora da atenção básica do município, aplica os conhecimentos adquiridos
por meio do curso de especialização em Saúde Pública da Sesg. “A gente pode
aplicar conhecimentos e ferramentas que foram apresentadas ao longo do curso
com as equipes de estratégia em saúde da família tanto no setor de regulação
quanto no setor de média complexidade, e até mesmo auxiliar a Secretária
Municipal de Saúde”, afirmou.
Plano
Municipal
Como exemplo
prático, a especialista em saúde pública conta que o projeto de intervenção
(PI) está sendo aplicado atualmente para a elaboração do Plano Municipal de
Saúde de Posse. “Nós tivemos uma oficina promovida pela Regional de Saúde, onde
foi apresentado o passo a passo na orientação dos municípios. Tudo que nos foi
orientado, eu consegui visualizar na aplicação do projeto de intervenção”,
disse ainda.
“Na
construção do plano municipal participativo, no qual todos os atores envolvidos
podem contribuir com sugestões e levantar os problemas da nossa saúde,
conseguimos aplicar desde a árvore de problemas até o levantamento da matriz
decisória. Nós estamos ainda no início desta construção do plano. Mas, em
nossas oficinas, a gente tem buscado usar essas ferramentas. Todos que estão
participando se sentem muito envolvidos no processo. Todos os atores estão
conseguindo se identificar naquele produto final.”
Ainda de
acordo com a profissional de saúde, a educação continuada em saúde oferecida
pelo Governo de Goiás de forma gratuita contribui para a atualização dos
profissionais de saúde que atuam no SUS.
“É muito
importante se manter sempre atualizado, se abastecer de conhecimentos e troca
de experiências. A pós-graduação que eu fiz na Escola de Saúde de Goiás
proporcionou o conhecimento de realidades de outros municípios. Tivemos a
oportunidade de expor algumas dificuldades do nosso município e outros colegas
darem alguma solução que deu certo no seu município. Tudo isso com professores
com muita bagagem e muito conhecimento dos conteúdos”, avalia.
Gabriela Dutra, da Superintendência da Escola de Saúde de
Goiás
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