Dona de bar é presa suspeita de agredir prostituta com garrafada no rosto após discussão por valor do programa, em Alto Paraíso de Goiás
A dona de um
bar foi presa suspeita de agredir uma prostituta com duas garrafas de vidro no
rosto após discussão sobre o valor de programas. A agressão provocou cortes na
face da mulher, que recebeu 18 pontos. A briga aconteceu em Alto Paraíso de
Goiás, na quarta-feira (11).
O nome da
suspeita não foi divulgado. Por isso, a reportagem não localizou a defesa para
se manifestar.
A delegada
Bárbara Buttini, que investiga o caso, disse que a dona do bar era uma espécie
de "cafetina" e cobrava de clientes R$ 100 por programa. Ela ficava
com R$ 50 e repassava a outra metade para as garotas que trabalhavam no local.
Na
quarta-feira (11), a suspeita e uma garota de programa discutiram. "Os
clientes pagavam para a suspeita pelos programas realizados pelas garotas, que
ao final da noite pegavam sua 'parte'. A vítima foi pedir o valor integral pago
pelo cliente para a suspeita, a qual se recusou a dar", relatou a delegada.
A dona do
bar confessou à polícia que as garotas faziam programas no local. Porém, alegou
em depoimento que machucou a mulher ao tentar se defender durante a briga,
segundo a delegada.
"O que
não é compatível com os fatos porque ela [suspeita] não tem lesões. Além disso,
a vítima também apresentava ferimentos de defesa, que são as lesões no
antebraço, que as pessoas usam para se defender", explicou a
investigadora.
Mesmo após
as lesões, a suspeita não deixou a vítima sair do local. Mas ela conseguiu
fugir no momento em que a suspeita começou a colocar fogo nas suas roupas,
segundo a delegada.
Nos fundos
do estabelecimento, foram encontrados quartos para a realização dos programas.
A delegada informou que 10 mulheres confirmaram que trabalhavam como
prostitutas para a suspeita. Vítima e testemunhas relataram que a mulher,
reiteradamente, ameaçava e agredia as garotas.
A dona do
bar pode responder criminalmente por lesão gravíssima, por deformidade
permanente e rufianismo qualificado pela violência, crime que consiste em tirar
proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros.
Fonte: G1
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