O botijão de
13 quilos de gás de cozinha vai subir novamente no início do próximo mês de
setembro. E, desta vez, não se trata de um reajuste oficial anunciado pela
Petrobras. Nesta quarta-feira (18), as distribuidoras de gás começaram a enviar
para as revendas de suas redes comunicados sobre um aumento de até R$ 5,89, que
será feito para cobrir altas de custos decorrentes da inflação e o reajuste
salarial de funcionários, cuja data-base ocorre em setembro.
Em seu
comunicado, assinado pela Gerência de Experiência do Parceiro, a Ultragaz
informou que o reajuste será de R$ 5,32 por botijão. A companhia justificou
que, como ocorre todos os anos, no mês de setembro é feita a revisão anual dos
preços de venda do GLP para sua rede e que esta decorre dos impactos
inflacionários em sua estrutura de custos, além do aumento de despesas com
folha de pagamento da companhia em razão da data-base.
“Este último
período foi especialmente impactado pela alta da inflação em diversos
componente importantes de nossos custos operacionais”, alega a distribuidora no
comunicado. De acordo com a empresa, esta recomposição anual será aplicada
sobre o preço vigente em 1º de setembro.
Já o
comunicado oficial da Nacional Gás Distribuidora, que representa a Nacional
Gás, Brasil Gás e Para Gás, informou que o reajuste será de R$ 5,89 por
botijão. A companhia justificou apenas que o aumento é imprescindível para
continuar garantindo a segurança e qualidade da prestação dos serviços.
Com estes
reajustes anunciados pelas distribuidoras para setembro, a expectativa das
revendas é que o preço do botijão de 13 quilos de gás possa chegar a até R$ 115
na capital. O presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da
Região Centro-Oeste (Sinergás), Zenildo Dias do Vale, confirma que o consumidor
é quem vai pagar a conta deste aumento das engarrafadoras de gás, considerado
abusivo pelo varejo.
“É muito
complicado anunciar mais um reajuste num momento tão difícil como este, quando
há uma queda na renda da população e muita gente desempregada”, avalia Zenildo.
Ele prevê que o novo aumento provoque uma queda maior nas vendas e leve muitos
pequenos depósitos a fechar as portas por causa da grande dificuldade para
repassar os aumentos.
O presidente
do Sinergás informa que as revendas também terão seu dissídio em novembro, mas
só projetam repassar R$ 1 por botijão. Além disso, ele lembra que mais um
aumento também resulta num maior valor da pauta para a cobrança do ICMS, o que
pressiona ainda mais os preços. “O governo e os órgãos de defesa do consumidor
precisam fazer alguma coisa para coibir isso”, alerta.
Fonte: O Popular
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