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Alto Paraíso de Goiás sedia seminário internacional




A cidade de Alto Paraíso será palco para o primeiro Seminário Internacional de Gestão Cultural Integrada de Território.

O evento, que acontece nesta sexta-feira, 30, e no sábado, 1º de outubro, é uma estratégia para a articulação e implementação de plataformas de desenvolvimento sustentável na região, e contará com diálogos, proposições discussões e entendimentos para a consolidação de uma cidade do bem-viver, sendo um projeto demonstrativo da reserva biosfera do Cerrado – Goiás / Unesco.

O seminário é parte de um grande projeto do Governo de Goiás que definiu Alto Paraíso como projeto piloto e referencial para centro da implantação a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS-ONU), assim como do Programa Cultivando Água Boa, como projetos demonstrativos da Reserva da Biosfera do Cerrado – Goiás, transformando o município e a região referências em um modelo internacional de sustentabilidade.

O programa está sob responsabilidade e coordenação da Secima, cujo objetivo é gerenciar expectativas e abrir campo a uma estratégia de médio e longo prazo para o município e para a região.

Nesta sexta-feira, dia 30, as atividades vão ocorrer no Auditório do Hotel Chappada, às 19 horas. O destaque fica por conta da palestra O Desafio da Sustentabilidade: Reflexões sobre Perspectivas Mundiais e Intervenções Locais – o Entendimento Global a partir da superação dos dilemas locais, com o professor Luiz Oosterbeek – doutor em Filosofia e PhD em Arqueologia pelo University College London, Presidente do Instituto Terra e Memória (Portugal) e coordenador junto à Comissão Europeia de projetos de Gestão Cultural Integrada do Território – Portugal, Alemanha, França, Lituânia, Itália, República Checa e Espanha.

No sábado, 1º de outubro, o debate será no auditório da UNB-Cerrado, no bairro Cidade Alta. Temas como as plataformas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Reserva da Biosfera do Cerrado e do Programa Cultivando Água Boa serão apresentados pela Superintendente Executiva de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Secima, Jacqueline Vieira.

Haverá também a participação do professor da UFG, Saulo Oliveira, além do professor em Ciências Políticas pela UFMG, Robert Bonifácio. A palestra no sábado vai tratar de Gestão Cultural Integrada de Território novamente com o professor Luiz Oosterbeek. O seminário internacional foi idealizado pela Secima, em parceria com o Instituto Terra e Memória (Portugal), com a Universidade Federal de Goiás e com o Instituto Espinhaço.

Entenda o projeto para Alto Paraíso

A globalização mudou profundamente a realidade em que vivemos em Alto Paraíso, em Goiás, no Brasil e no mundo. Não é mais possível resolver as dificuldades uma a uma, de forma desarticulada e usando apenas a experiência do passado. No nosso dia a dia, precisamos usar os avanços da ciência e da tecnologia, sem esquecer os saberes tradicionais, e precisamos, sobretudo, refletir sobre os dilemas com que somos confrontados, fazendo escolhas, muitas vezes difíceis.

E a primeira escolha a fazermos é atuarmos para guiar a mudança, ao invés de sermos guiados por ela. Nesse processo, precisamos conhecer os recursos de que dispomos, os meios para utilizá-los e as oportunidades que estão associadas ao território. Precisamos atuar sobre os recursos, os meios e as regras de forma integrada, percebendo que o mais importante não é nenhum deles: o mais importante são as pessoas.

Esse é o ponto central da abordagem deste seminário internacional. O Governo do Estado de Goiás propõe, apoiado no encontro de ideias e pessoas, com abordagens inovadoras, contribuir com novas visões sobre as formas como nós, individual e coletivamente, transformamos o território de Alto Paraíso.

A visão do Governo é a de que o desenvolvimento sustentável do território do Estado de Goiás deve ocorrer de forma planejada, integrada, permanente e com horizonte de longo prazo. Esse é o desafio que se apresenta.

Com a estruturação de um projeto demonstrativo de gestão cultural integrada do território, que promova uma efetiva conexão entre os agentes locais de transformação – Prefeitura, organizações da sociedade civil, órgãos de fomento, universidades e grupos de cidadãos e parceiros multidiversos, pretendemos lançar as bases para um novo paradigma de sustentabilidade para Alto Paraíso.

Com o objetivo de organizar e apoiar a implementação de plataformas de sustentabilidade que estão propostas e desenvolvidas para o território de Alto Paraíso, propomos, desde já, fundamentar as bases para um projeto estruturante que tem, na estratégia de GCIT, sua ferramenta mais eficaz. A estratégia de GCIT poderá ser desenvolvida de forma a cooperar com a implementação da plataforma dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), assim como também cooperará para a proposta de Cultivando Água Boa e de outras que estejam em sinergia com os objetivos da Reserva da Biosfera do Cerrado e com a visão de inovação do Governo do Estado de Goiás.

Estratégia de GCIT para Alto Paraíso

Gestão Cultural Integrada do Território é o que faziam as sociedades que no passado foram bem-sucedidas. Num ciclo de mudança sistêmica global, todas as atenções tendem a se concentrar, alternadamente, em apenas um dos seus vetores: ora o financeiro, ora o social, ora o ambiental, algumas vezes o econômico, raras vezes o cultural. E todas essas atenções se vão deslocando de um para outro à medida que suas desilusões constatam que não são mais eficazes e ou suficientes para as soluções setoriais de problemas.alto-234x199

A natureza das dinâmicas humanas e ambientais comporta contradições, implica escolhas e consequências por vezes irreversíveis e se confronta com dilemas, e não apenas com problemas. Em contrapartida, a GCIT propõe uma abordagem transdisciplinar e participativa. O elemento central da GCIT é a formação de capital humano e o combate à alienação no território.

A GCIT é uma estratégia que supera os debates estéreis sobre as opções entre crescimento e desenvolvimento e constrói um quadro de discussão em que a didática dos dilemas é o elemento nuclear, para a elevação das competências críticas dos indivíduos, para que estes possam decidir sobre nosso futuro coletivo. Nesse processo, mais do que ambiente, economia ou cultura é a palavra território que se torna central.

A estratégia de Gestão Cultural Integrada do Território (GCIT) refere-se ao conceito de governança e empoderamento. Por meio da GCIT busca-se compreender os fenômenos territoriais com objetivo de contribuir para o desenvolvimento de programas e ações integradas que respondam às demandas ligadas ao território.

A GCIT também é uma metodologia que inclui e valoriza a vocação natural da região, com um olhar sistêmico e integrado, valorizando a diversidade e o ser humano, incorporando uma variável fundamental: a cultura.

A questão cultural tem um efeito de transversalidade sobre os demais fatores. Ela unifica as dinâmicas econômica, social e ambiental, conferindo uma compreensão integrada a algo até então visto de forma compartimentada. A gestão integrada propõe utilizar a cultura como elo. A GCIT propõe um conjunto de ferramentas que objetiva promover a diversidade e a integração cultural ao equilíbrio da geração de riquezas, manutenção dos recursos naturais e qualidade de vida para a população, partindo da identificação dos dilemas em busca por soluções para o território.

Princípios para uma ação estratégica de GCIT em Alto Paraíso
• compreensão da dimensão cultural dos conflitos e dos dilemas
• identificação e proposição de novas possibilidades num quadro de incertezas

Afirmação territorial: Boas práticas de combate à alienação, à exclusão social e à desestruturação ambiental
Com base em um Projeto Demonstrativo de GCIT, na área da Reserva da Biosfera do Cerrado, propomos uma visão integradora entre a somatória de culturas, saberes, memórias orais, patrimônios naturais, geodiversidade e tradições. Nesse contexto, é objetivo central do esforço do Governo do Estado e de seus parceiros buscar desenvolver e implantar um planejamento focado e alicerçado na Gestão Cultural Integrada do Território de Alto Paraíso, de forma a articular os diversos compromissos estratégicos já assumidos pelo governo do estado de Goiás e integrá-los com a globalidade das políticas públicas, visando a um projeto de desenvolvimento sustentável que esteja assentado no entendimento da centralidade da pessoa humana.

Propõe, com a realização do Seminário Internacional – Gestão Cultural Integrada de Território: Estratégia para Articulação e Implementação de Plataformas de Desenvolvimento Sustentável em Alto Paraíso, implementar os entendimentos essenciais para uma cidade do bem viver.

Esse projeto demonstrativo pensado para o território de Alto Paraíso tem como objetivo específico articular e organizar as plataformas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além do programa Cultivando Água Boa e as premissas da Reserva da Biosfera do Cerrado – MaB/Unesco.

Fonte: Goiás Agora

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