O jovem
Florisvan Guedes da Silva, de 20 anos, que aparece em um vídeo disputando
“zerinho o um” para ver quem mataria um rival, nega que tenha cometido qualquer
crime, em Posse, no nordeste de Goiás.
Em um vídeo
divulgado nesta quarta-feira (28) pela Polícia Civil, o rapaz diz que, apesar
de comemorar ao ser sorteado para matar a vítima, entregou a arma a outra
pessoa, que atirou.
Para o delegado
Eduardo Carrara, a declaração não muda a investigação e ele continua
respondendo por participação em três homicídios.
Florisvan
foi preso no dia 14 de setembro e aparece em um vídeo comemorando o fato de ter
ganhado um sorteio para matar uma mulher identificada como Joelma.
Outros dois
jovens aparecem nas imagens: Douglas Antônio Maciel, de 19, e Tharly Oliveira
Silva, de 28. Os dois foram mortos em confronto com a polícia. O vídeo foi
feito por uma adolescente de 16 anos, namorada de Tharly.
No vídeo
feito pela polícia durante o depoimento, o suspeito aparece algemado e alega
que no dia do crime, estava alcoolizado.
“A gente
tirou zerinho ou um para ver quem ia atrás de Joelma, porque ela tinha
‘caguetado’ o Douglas. Aí eu ganhei o jogo. A hora que eu entro para dentro com
a arma, o vídeo acaba. Eu agacho para pegar o litro de pinga. Aí eu dou a arma
para o Douglas. Eu desisti de matar porque eu não sou esse psicopata todo não,
delegado, não sou essas pessoa ruim não”, diz.
A polícia
também acredita que outros dois homens foram mortos pelo trio que aparece no
vídeo, conhecido como “Os Três Patetas”. Em depoimento, a menor que filma o
grupo antes da morte de Joelma disse que Florisvan participava do grupo e, em
um dos homicídios, ficou vigiando a vítima até ela chegar em casa, avisando
para um comparsa o momento de cometer o crime.
“Não temos
dúvida nenhuma da participação do Florisvan no grupo. Ele sabia dos crimes,
andava com os outros integrantes, então ele é no mínimo partícipe, coautor desses
homicídios, mesmo ele negando que foi o autor dos disparos”, esclareceu o
delegado Eduardo Carrara.
A polícia
também investiga se, além dos três crimes cometidos pelo grupo, eles mataram
outras três pessoas. “Aguardamos o confronto de microbalística para saber se as
seis vítimas foram mortas pela mesma arma. Isso pode mostrar que o trio é que
cometeu os seis homicídios”, disse o delegado.
Florisvan já
foi indiciado por três homicídios, além de tráfico de drogas e associação para
o tráfico de drogas. Somadas, as penas ultrapassam 100 anos.
Fonte: G1
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