quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Parque da Chapada dos Veadeiros segue sem definição e Estado pede mais tempo para ampliação de área



Maior área contínua de Cerrado e última fronteira agrícola do território goiano, a região da Chapada dos Veadeiros é atualmente o principal ponto de disputa entre ambientalistas e ruralistas no Estado.

Nessa queda de braço, a ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV), que chegou a ser dada como certa este ano, pelo governo federal, volta a ter futuro incerto.

O governo de Goiás pediu ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) mais seis meses de prazo antes da assinatura do decreto triplicando a área protegida e apresentará uma contraproposta aos novos limites estabelecidos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com base em estudo feito a pedido da Federação de Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), para que os novos limites sejam revistos, ficando em aproximadamente 200 mil hectares.

O ICMBio quer aumentar o parque de 65,5 mil hectares para cerca de 242 mil hectares. A medida se faz necessária para manter o título de Patrimônio Natural da Humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), e também para a manutenção de espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção. “Parece muito, mas não é. Para conservar a biodiversidade, quando a gente fala em grandes mamíferos como o lobo guará e as onças pintada e parda, precisamos de grandes áreas”, diz o chefe do PNCV, Fernando Tatagiba.

Tatagiba explica que a nova proposta pega um boa extensão de cerrado de altitude e a maior parte do Pouso Alto, que é o ponto mais alto do Planalto Central (mais de 1.600 metros de altitude). Atualmente, o pico está fora da unidade de conservação (UC). Também destaca a proteção de matas secas, um tipo de vegetação que não há dentro dos limites atuais, além de nascentes de importantes córregos e rios.

O processo está concluído e aguarda na Casa Civil até ser enviado para a assinatura do presidente da República, Michel Temer (PMDB). Mas os sucessivos pedidos de prazo do governo de Goiás tem preocupado os gestores da área. Para Tatagiba, decretar a ampliação do parque significa zelar por um patrimônio das águas que abastecem bacias importantes de várias regiões do País, que vive uma crise hídrica.

A superintende de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Secima, Jacqueline Vieira, diz apoiar a ampliação do parque. Sobre os pedidos de prazo antes da assinatura do decreto, diz que no início do ano passado, o governo de Goiás lançou naquela região o programa gleba legal. “A nossa proposta é fazer uma força tarefa para a regularização naquela região”.

Fonte: O Popular

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