Imagine você
estudar muito e passar em um concorrido concurso público.
Imagine
você, concursado, servidor público, trabalhar 12 horas de plantão em um
hospital, salvando vidas e lutando contra todas as deficiências, como falta de
medicamentos e até gazes.
Agora,
imagine você, depois de tudo isso, passar quase dois meses sem receber seu
mirrado salário e vê suas contas básicas de água, luz, gás e até a conta da
padaria se acumularem por falta de dinheiro.
É essa a
situação de dezenas de servidores da rede municipal de saúde do município de
Monte Alegre de Goiás, no nordeste do estado.
Enquanto
candidatos fazem comícios e promessas nos vários cantos da cidade, os
servidores sofrem com a falta de salários até para comer.
Eles entraram
em greve nesta semana e afixaram cartazes em vários locais públicos.
Mas até
fazer protesto estão sendo proibidos e admoestados.
Por
perseguição política, testemunharam pessoas ligadas ao governo arrancarem seus
cartazes, que informavam sobre a paralisação da categoria.
"Precisamos
da população ao nosso favor, até porque somos funcionários. Mas antes disso
somos cidadãos", disse uma servidora, que pediu para não ser identificada.
Ela disse
também que a prefeitura só pagou os salários do pessoal da Educação.
"Agentes de edemias, enfermeiros do PSF e dentistas, posto comunitários e
servidores do hospital, ninguém recebeu", disse a profissional.
É difícil
acreditar que este país tenha jeito.
Enquanto os
cidadãos pagam alta carga tributária, quase metade de tudo que ele ganha com
seu trabalho, não consegue ter acesso a educação decente e tão pouco a um
atendimento médico condizente.
Não por
menos. Por um lado, vê-se acumularem os escândalos de corrupção, como o da
Petrobrás. Por outro, vê a falta de competência dos gestores públicos, em todas
as instâncias, em gerir as contas públicas.
O resultado
é esse. Por mais que se arrecada, não sobra dinheiro nem para pagar salários
dos enfermeiros dos hospitais.
É um
tremendo tapa na cara de todos nós.
Com informações e texto Dinomar Miranda
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