Para
esclarecer dúvidas sobre a prática da piscicultura entre produtores rurais de
Flores de Goiás, a unidade local da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão
Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) realizou, nesta terça-feira, dia 23, uma
maratona de palestras sobre a atividade.
Entre os
assuntos debatidos, a adequação dos produtores às normas exigidas pela
legislação, exposição de aspectos ligados às boas práticas de produção e
apresentação de novas formas de comercialização dos produtos. O técnico da
Emater, Francisco Cabral Neto explicou as características especificas das
variedades de peixes e as formas adequadas de criação: tanques em rede, tanques
sustentáveis feitos de bambu e garrafas pets e tanque escavado.
Segundo a
responsável pela unidade local da Emater em Flores de Goiás, Leide Moreira de
Souza, estiveram presentes 42 produtores. “Nós recebemos muitas solicitações
para o repasse de informações sobre a prática da piscicultura. Muitos
produtores não têm conhecimento sobre as normas exigidas pela Agrodefesa
(Agência Goiana de Defesa Agropecuária)”, ressaltou.
Ainda de
acordo com Leide Moreira de Souza, eventos como esse também são importantes
para mostrar aos produtores rurais que a Emater e outros órgãos ligados às
atividades do campo estão à disposição para dúvidas e sugestões.
Legislação
Além das
boas práticas produtivas e características particulares da atividade, as normas
que regulamentam a piscicultura integraram os debates. Segundo o palestrante e
fiscal estadual agropecuário da Agrodefesa em Flores de Goiás, Raimundo Nonato
Pinto Souza Junior, é necessário que os produtores rurais estejam atentos às
normas. “É uma prática nova na região. Muitos ainda não conhecem, por exemplo,
as regras para emissão da Guia de Transporte de Animais (GTA) Aquáticos. Outro
ponto que também gera dúvidas ao produtor é sobre o cadastramento”, destacou.
Ainda de
acordo com Raimundo Nonato, o objetivo da palestra foi esclarecer ao produtor
rural que o descumprimento das normas que permeiam a atividade pode gerar
problemas para toda a sociedade. “Nós trabalhamos com foco na educação
sanitária. Nosso objetivo não é punir o produtor. É evitar que as práticas
irregulares e inadequadas afetem, em níveis maiores, a população que têm acesso
ao produto”, reiterou Nonato.
Adequação
O balanço
positivo sobre as palestras foi feito por aquele que entende muito bem sobre o
assunto na lida diária. De acordo com o pequeno piscicultor de Flores de Goiás,
Fabiano da Silva Pereira, algumas práticas já feitas por ele serão alteradas e
reformuladas. Segundo o produtor, as informações repassadas sobre as boas
práticas produtivas foram agregadoras e serão corrigidas.
Sobre o
aprendizado a respeito do inovador tanque sustentável, que utiliza materiais
recicláveis em sua construção, Fabiano salientou as vantagens do método. “O
tanque sustentável é rentável. Na atual condição que caminha o País em meio à
crise, qualquer custo que pode ser minimizado é vantajoso e lucrativo ao
produtor rural”, afirmou.
Com
informações Governo de Goiás
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