Designado para
esta quinta-feira (17) no fórum de Campos Belos, foi suspenso o julgamento de
quatro dos sete denunciados de matar o ex-prefeito de Monte Alegre de Goiás,
José da Silva Almeida, conhecido como Zé da Covanca, em agosto de 1999.
A decisão
foi do juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, em razão de um pedido de
desaforamento (tirar o processo do Foro em que está para mandá-lo a outro)
feito Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO).
“Em face de
surgir dúvida sobre a imparcialidade dos jurados, tendo sido apresentadas
provas, entendo por bem suspender o julgamento do feito, até que ocorra decisão
por parte do Tribunal de Justiça”, frisou o juiz.
Além dos
quatro acusados que seriam julgados hoje, foram denunciadas outras três
pessoas, das quais uma morreu há cerca de dez anos em uma troca de tiros com a
polícia, e dois nunca foram localizados.
Sobre o crime
De acordo
com a denúncia, por volta de 0h30 do dia 26 de agosto de 1999, os denunciados
mataram o ex-prefeito com três tiros em sua casa, localizada em Monte Alegre.
Consta ainda dos autos que o crime começou a ser articulado pelo
ex-vice-prefeito, Antônio, e seu então cabo eleitoral José Roberto, que
planejaram o assassinato com o propósito de proveito político.
Assim, os
dois teriam contratado Manoel – já falecido –, Luiz Carlos e outra pessoa
identificada por Aldo. Eles foram levados de Goiânia para Monte Alegre com a
tarefa de matar Zé da Covanca, mediante pagamento, tendo sido acomodados uma
fazenda no município de Teresina. Floriano, na época motorista da Polícia
Civil, sustentava os executores com mantimentos e utensílios domésticos,
enquanto estes aguardavam a ordem para o delito.
Na véspera
do crime, José Roberto levou os três para a cidade, no carro de Floriano, e em
outro veículo de Antônio. Manoel, Luís Carlos e Aldo rondaram a casa de Zé da
Covanca até que dois deles desceram, um deles encapuzado, e tocaram a
campainha. Antes de a vítima abrir totalmente a porta, eles forçaram a entrada
e um dos denunciados dominou-a, enquanto o encapuzado atirou três vezes,
atingindo-a na cabeça, nariz e pescoço. Uma quarta pessoa foi vista no local do
crime, mas não foi identificada.
Fonte: TJGO
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