Nesta
quarta-feira (17/8), no Fórum de Campos Belos, serão julgados pelo homicídio
duplamente qualificado do ex-prefeito de Monte Alegre, José da Silva Almeida,
conhecido como Zé da Covanca, os denunciados Antônio Pereira Damasceno,
ex-vice-prefeito e mandante do crime, além de Luís Carlos Medeiros, Floriano
Barbo Neto, atual presidente da Câmara Municipal e pré-candidato a vereador em
outubro, e José Roberto Macedo Pinheiro, na época, cabo eleitoral do então
vice-prefeito.
Pelo crime
ocorrido em 1999, também foram denunciadas outras três pessoas, sendo que uma
morreu há cerca de 10 anos em troca de tiros com a polícia e dois nunca foram
localizados.
A sessão do
Tribunal do Júri será presidida pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas e a acusação
será feita pelo membro do Ministério Público de Goiás, o promotor de Justiça
Paulo Brondi.
O crime
De acordo
com a denúncia do Ministério Público, por volta de 0h30 do dia 26 de agosto de
1999, os denunciados mataram o ex-prefeito com três tiros em sua casa, no
Centro de Monte Alegre. O crime começou a ser articulado pelo ex-vice-prefeito,
Antônio, e seu então cabo eleitoral José Roberto, que planejaram o assassinato
com o propósito de proveito político.
Os dois,
então, contrataram Manoel (já falecido), Luiz Carlos e outra pessoa
identificada por Aldo. Eles foram levados de Goiânia para matar Zé da Covanca,
mediante pagamento, tendo sido acomodados uma fazenda no município de Teresina.
Floriano, na época motorista da Polícia Civil, sustentava os executores com
mantimentos e utensílios domésticos, enquanto estes aguardavam a ordem para o delito.
Na véspera
do crime, José Roberto levou os três para a cidade, no carro de Floriano, e em
outro veículo de Antônio. Manoel, Luís Carlos e Aldo rondaram a casa de Zé da
Covanca até que dois deles desceram, sendo um encapuzado, e tocaram a campainha.
Antes de a vítima abrir totalmente a porta, eles forçaram a entrada e um dos
denunciados dominou a vítima, enquanto o encapuzado atirou três vezes,
atingindo-a na cabeça, nariz e pescoço. Uma quarta pessoa foi vista no local do
crime, mas não foi identificada.
Fonte: MPGO
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