terça-feira, 21 de maio de 2019

Atleta natural de Alvorada do Norte/GO vive ritmo intenso rumo ao sonho paralímpico

Jani Freitas (E) e Adria de Jesus

Restando alguns meses de preparação para a disputa dos Jogos Parapan-Americanos de 2019, que ocorrerão em Lima, capital do Peru, entre 23 de agosto e 1° de setembro, a seleção brasileira feminina de vôlei sentado busca, com a ajuda de duas atletas goianas, a manutenção dos bons resultados em competições internacionais.

Bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, Adria de Jesus, de 35 anos, e Jani Freitas, de 32, buscam uma vaga na próxima Paralimpíada, em Tóquio, no ano que vem.

Elas trabalham em ritmo acelerado para manter a titularidade no time comandado pelo técnico José Antônio Guedes e contribuir, com seus poderios ofensivos, para a garantia da terceira participação brasileira no torneio olímpico, que, caso aconteça, será também a terceira das jogadoras defendendo o País, já que estiveram nos Jogos de Londres, em 2012.

“A medalha no Rio de Janeiro foi a coisa mais emocionante que vivi em toda a minha vida. Tenho a esperança no trabalho que estamos fazendo para esse Parapan, para conseguir essa vaga tão difícil nas Paralimpíadas. Podemos, sem dúvidas, buscar outra medalha em Tóquio sim”, disse a goianiense Adria, atacante da Adap, time goiano de vôlei sentado, que teve a perna esquerda amputada após um acidente quando tinha 16 anos.

“Após meu acidente e a vinda para o vôlei sentado, tudo foi muito novo na minha vida. Eu não era atleta, era uma pessoal normal, que trabalhava, estudava. Logo me convocaram e eu precisei entender as viagens, o mundo, o que era estar representando o País. Não nasci atleta, mas me tornei uma, consciente das responsabilidades e muito feliz por participar desta história da primeira medalha olímpica do esporte. Ficamos para a história”, relembrou Jani, que também perdeu a perna esquerda, mas em um acidente de moto em 2006, em sua cidade natal, Alvorada do Norte, no nordeste do estado.

Aliando a carreira de jogadora com o trabalho de atendente de call center, Adria fala, com orgulho, sobre a história que escreveu no esporte e que já dura 13 anos. “Eu sou superação total. Comecei do zero, sem saber fazer um toque, uma manchete. Fico muito feliz quando me usam como exemplo de conquistas”. A rotina de treinos pesados, academia e alimentação balanceada é vista como necessária para seguir jogando em alto nível, segundo a atacante. “Me cobro muito. Trabalho meu lado emocional também. Se não estiver bem em todas as áreas, não rende bem em quadra. Quero chegar bem em 2020, com 36 de idade, mas gás de 20”, disse ela, sorrindo.

“A oportunidade que temos aqui é um privilégio. Tento aproveitar ao máximo essa nova vida como atleta”, ressaltou Jani, que trabalha como fisioterapeuta e que também enxerga na preparação física e psicológica o melhor caminho para o êxito nas competições.

Fonte: O Popular

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