Jani Freitas (E) e Adria de Jesus |
Restando
alguns meses de preparação para a disputa dos Jogos Parapan-Americanos de 2019,
que ocorrerão em Lima, capital do Peru, entre 23 de agosto e 1° de setembro, a
seleção brasileira feminina de vôlei sentado busca, com a ajuda de duas atletas
goianas, a manutenção dos bons resultados em competições internacionais.
Bronze nos
Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, Adria de Jesus, de 35 anos, e
Jani Freitas, de 32, buscam uma vaga na próxima Paralimpíada, em Tóquio, no ano
que vem.
Elas
trabalham em ritmo acelerado para manter a titularidade no time comandado pelo
técnico José Antônio Guedes e contribuir, com seus poderios ofensivos, para a
garantia da terceira participação brasileira no torneio olímpico, que, caso
aconteça, será também a terceira das jogadoras defendendo o País, já que
estiveram nos Jogos de Londres, em 2012.
“A medalha
no Rio de Janeiro foi a coisa mais emocionante que vivi em toda a minha vida.
Tenho a esperança no trabalho que estamos fazendo para esse Parapan, para
conseguir essa vaga tão difícil nas Paralimpíadas. Podemos, sem dúvidas, buscar
outra medalha em Tóquio sim”, disse a goianiense Adria, atacante da Adap, time
goiano de vôlei sentado, que teve a perna esquerda amputada após um acidente
quando tinha 16 anos.
“Após meu
acidente e a vinda para o vôlei sentado, tudo foi muito novo na minha vida. Eu
não era atleta, era uma pessoal normal, que trabalhava, estudava. Logo me
convocaram e eu precisei entender as viagens, o mundo, o que era estar
representando o País. Não nasci atleta, mas me tornei uma, consciente das
responsabilidades e muito feliz por participar desta história da primeira
medalha olímpica do esporte. Ficamos para a história”, relembrou Jani, que
também perdeu a perna esquerda, mas em um acidente de moto em 2006, em sua
cidade natal, Alvorada do Norte, no nordeste do estado.
Aliando a
carreira de jogadora com o trabalho de atendente de call center, Adria fala,
com orgulho, sobre a história que escreveu no esporte e que já dura 13 anos.
“Eu sou superação total. Comecei do zero, sem saber fazer um toque, uma
manchete. Fico muito feliz quando me usam como exemplo de conquistas”. A rotina
de treinos pesados, academia e alimentação balanceada é vista como necessária
para seguir jogando em alto nível, segundo a atacante. “Me cobro muito. Trabalho
meu lado emocional também. Se não estiver bem em todas as áreas, não rende bem
em quadra. Quero chegar bem em 2020, com 36 de idade, mas gás de 20”, disse
ela, sorrindo.
“A
oportunidade que temos aqui é um privilégio. Tento aproveitar ao máximo essa
nova vida como atleta”, ressaltou Jani, que trabalha como fisioterapeuta e que
também enxerga na preparação física e psicológica o melhor caminho para o êxito
nas competições.
Fonte: O
Popular
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