Homem é preso suspeito de espancar a companheira e depois mantê-la amarrada e amordaçada por 36 horas, em Posse/GO
Um homem de
33 anos foi preso suspeito de espancar a companheira, de 19, e, logo em
seguida, mantê-la em cárcere privado, amarrada e amordaçada, por 36 horas, em
Posse, região nordeste de Goiás. A vítima, Keilla Carneiro de Carvalho, teve
diversos hematomas, principalmente na região do rosto, e está internada.
O suspeito,
Leandro Sousa Sampaio, procurou a polícia na tarde desta terça-feira (21), em
Alvorada do Norte, distante 58 km de Posse, quando foi cumprido um mandado de
prisão preventiva já expedido pela Justiça contra ele. A corporação não soube
dizer o nome do seu advogado.
De acordo
com o delegado Alexandre Câmara, responsável pelo caso, a jovem prestou
depoimento ainda no hospital e relatou o que aconteceu. Segundo ela, eles
tiveram uma discussão e então o companheiro começou a agredi-la.
"Ela
começou a ser agredida na madrugada de quinta-feira [17]. O que chamou a
atenção e que deixa a situação muito complicada é que ele amarrou as mãos e os
pés dela com uma fita adesiva, a amordaçou e a manteve assim até as 17h de
sexta-feira [18]. Depois, ele entendeu por bem deixar ela sentada ao lado de um
guarda-roupas e foi dormir", afirma.
Alexandre Câmara
disse que, conforme o relato da vítima, o suspeito bateu a cabeça dela no chão
várias vezes. Após o episódio, informa o delegado, Leandro chamou alguns parentes,
inclusive a irmã, que é enfermeira, para ver a situação da jovem. Os próprios
familiares acionaram o socorro e ele fugiu.
Keilla
alegou que já tinha sido agredida outras vezes, mas nunca chegou a denunciar o
companheiro, com quem vivia em união estável.
O
responsável pela investigação disse que Leandro já tem passagens por lesão
corporal e ameaça contra outra mulher com quem se relacionou anteriormente.
O caso foi
registrado como lesão corporal e cárcere privado. Porém, no decorrer das investigações,
a tipificação do crime pode se tornar mais severa. O delegado afirma que o caso
provocou uma comoção muito grande na cidade.
"Ele é
uma pessoa de uma maldade sem tamanho. O crime que ele praticou não foi uma
agressão comum, foi uma coisa muito cruel. Ela poderia ter morrido. Estou
aguardando o laudo da Polícia Técnico-Científica para saber a gravidade das
lesões. Ao final do inquérito, pode se caracterizar uma tentativa de
homicídio", diz o delegado.
Fonte: G1
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