O Conselho
Superior Universitário (CsU) da Universidade Estadual de Goiás (UEG) rejeitou
na última semana o relatório final exposto pela Comissão de Redesenho da
instituição que apontava a discussão sobre a extinção de 57 cursos e 15 Câmpus.
A forma que
foi feita a comissão responsável pelo estudo técnico que culminou no relatório
se tornou a principal crítica do CsU e levou à desaprovação do relatório. Isso
porque o grupo formado administrativamente possuía apenas gestores da
universidade e o conselho entendeu que pela complexidade do assunto seria
necessária a inclusão de toda a comunidade acadêmica.
Assim, a
decisão foi que não se excluísse o redesenho da universidade, mas que se
utilizasse o relatório feito como base para um novo estudo, mais amplo, com a
participação de professores, servidores e mesmo alunos.
O grupo
inicial foi formado no final de janeiro, em uma reunião administrativa
convocada pelo então reitor Haroldo Reimer e com a presença de Diretores de
Câmpus, os Pró-Reitores, os Gerentes e os Coordenadores Gerais da Administração
Central. A proposta era atender a uma demanda técnica antiga a UEG de
redesenhar o tamanho da universidade quanto aos cursos e as unidades
acadêmicas.
Após a
desaprovação, o CsU, agora já presidido pelo novo reitor, Ivano Alessandro
Devilla, designou uma comissão central para “definição de critérios de
reestruturação da UEG e para elaboração de uma proposta de metodologia,
aplicação e cronograma para a execução do trabalho de reestruturação da
instituição”, de acordo com a portaria aprovada e emitida após a reunião. A
definição confirma que o novo projeto tem como base “os documentos e da
Comissão para Sistematização do Redesenho Institucional da UEG” e também prevê
que a comissão central possa consultar “os respectivos recursos e decisões,
além das propostas encaminhadas na 111ª sessão plenária do CsU e demais estudos
já realizados sobre esse tema”.
Com a
portaria, a partir de então, a comunidade acadêmica passa a ficar apta a enviar
sugestões de critérios a serem utilizados pela comissão até o dia 10 de junho.
Os encaminhamentos devem ser feitos à unidade administrativa da Assessoria dos
Órgãos Colegiados no Sistema Eletrônico de Informações (SEI). A ideia é que se
tenha uma série de ideias sobre quais critérios devem ser utilizados para o
redesenho de cursos e das unidades administrativas. Com base nisso e nos demais
documentos, a comissão central terá até o dia 24 de junho para formalizar quais
os critérios serão os utilizados.
No relatório
apresentado no início deste mês, com relação aos cursos, a comissão tinha seis
critérios para a avaliação. Destes, apenas metade foram utilizados, já que não
foi dado ao grupo a força de modificar ou estabelecer novos pontos, mas
poderiam verificar quais estariam aptos a serem utilizados.
No caso,
ficaram de fora os critérios sobre a possibilidade da oferta do curso via
Educação a Distância (EaD), a suspensão do vestibular para os cursos sem
servidores em quantidade suficiente e também a abertura ou suspensão daqueles
que necessitam de aumento de despesa. Assim mesmo, o relatório apontou para a
discussão sobre a situação de 30 cursos (ver quadro).
No caso da
avaliação sobre a permanência ou extinção dos Câmpus, foram elencados nove
critérios e apenas cinco foram utilizados. Um dos excluídos foi o sombreamento,
que se refere ao caso de unidades que atendem regiões que já possuem outro
Câmpus, já que a comissão entendeu que isso deveria ser aplicado apenas para a
análise dos cursos, pois a estrutura em si poderia ser utilizada de outra
maneira. Também foram deixados de fora os critérios que pediam a junção de
Câmpus localizados numa mesma cidade ou próximos.
Fonte: O
Popular
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