Por causa do
difícil acesso aos moradores, comunidades quilombolas recebem atenção especial
da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) durante Campanha Nacional de Vacinação
contra a Influenza. A SES-GO participa de ações em Cavalcante, Monte Alegre de
Goiás e Teresina de Goiás, apoiando os municípios com veículo tracionado e
equipe técnica.
A Gerência
de Imunizações e Rede de Frio da SES-GO estima que 2.802 pessoas dos grupos
prioritários residam nas comunidades quilombolas e em vilarejos próximos. Desse
total, 47% já foram vacinados até o momento. Para chegar às residências mais
remotas, foram destacados os técnicos da imunização Ulisses Figueiredo e Neuza
Gonçalves.
Com apoio
dos municípios, que enviam um técnico de enfermagem e um agente de saúde, os
dois chegam a se deslocar cem quilômetros entre uma casa e outra para vacinar
uma pessoa. “O município faz muito bem o trabalho deles, vacinando a população
nos locais mais próximos. O Estado contribui com logística, carro tracionado,
que muitas vezes o município não tem, e técnicos para chegar às regiões mais
longínquas, de difícil acesso”, explica Ulisses.
A primeira
etapa da vacinação dessas comunidades foi realizado no período de 21 de abril a
3 de maio, em Cavalcante, quando foram vacinadas 658 pessoas. A segunda etapa
da viagem iniciou nesta terça-feira, dia 7, e vai até o dia a 17 de maio, em
Monte Alegre de Goiás e Teresina de Goiás.
Conservação
As vacinas
são produtos sensíveis a variações de temperatura, por isso se não forem
conservadas a temperaturas entre +2°C e +8°C podem perder sua eficácia. “O
calor acelera a inativação das substâncias que entram na composição da vacina,
por isso temos que ter cuidado com o transporte e conservação delas”, explica
Neuza.
Para manter
as propriedades das vacinas, durante todo o trajeto as doses são mantidas em
caixas térmicas contendo bobinas de gelo reutilizáveis. “As caixas possuem um
termômetro que checamos periodicamente a fim de verificar se a temperatura é a
ideal”, explica Neuza.
Divulgação
Em 13 dias
de trabalho, em Cavalcante, Ulisses e Neuza percorreram dois mil quilômetros. A
maior parte do trajeto foi feito em uma caminhonete tracionada, mas em alguns
locais o acesso somente foi possível a cavalo, ou mesmo a pé, atravessando rios
e matas. “Na maioria das vezes, dormimos na própria comunidade, acampados em
barracas, escolas ou igrejas”, explica Neuza.
Os técnicos
também são responsáveis por levar e preparar seu próprio alimento. Em alguns
locais, à luz de lamparina, pois não há energia elétrica. Além de aplicar a
vacina contra Influenza, os técnicos atualizam as cadernetas de vacinação.
“Acredito
que a grande relevância do nosso trabalho é a divulgação da importância da
vacinação. Quando chegamos, toda aquela população de kalungas já sabe que
estamos na área. É muito bom que saibam que a assistência chega até eles.
Muitos agradecem por nosso trabalho, pois não teriam condições de chegar até os
postos, por causa da dificuldade financeira que tem de sair de suas comunidades
e até mesmo porque algumas dessas pessoas estão acamadas”, explica.
Fonte:
Governo de Goiás
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