O tráfico de
drogas, que distribuía entorpecentes produzidos no Paraguai para Goiás, Pará,
Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. Um deles foi preso na manhã desta sexta-feira
(4) em Anápolis, a 55 km de Goiânia. O outro ainda é procurado.
No total, a
Operação Cavalo Doido prendeu 25 pessoas até o fim desta manhã em Goiás e Mato
Grosso do Sul, segundo o delegado Bruno Gama, chefe da Delegacia de Repressão a
Drogas da Polícia Federal em Goiás. Ele não soube precisar o número de presos
só em Goiás. Porém, até 8h30, eram 15 presos no estado.
“A
investigação começou em maio de 2015, após uma grande apreensão de drogas no
Mato Grosso do Sul, de mais de duas toneladas. A partir daí foi investigado
quem era o grupo que mandava drogas para as cidades goianas.
Identificamos toda
a logística para a distribuição e identificamos que os dois líderes são do
estado de Goiás”, disse durante coletiva o chefe da Delegacia de Repressão a
Drogas da Polícia Federal em Goiás, delegado Bruno Gama.
Segundo o
delegado, desde o início da investigação, cerca de 10 toneladas de drogas
atribuídas ao grupo foram apreendidas, além de armas de grosso calibre e carros
de luxo.
“A maior
parte maconha, mas também uma quantidade de cocaína, em pelo menos 12 flagrantes.
Levamos esse tempo para identificar todo o esquema e alguns dos suspeitos
chegaram a ser presos no decorrer dos trabalhos.
No total, mais de 80 pessoas
têm envolvimento com o grupo. Vários integrantes já têm passagens por tráfico”,
destacou.
A Polícia
Federal não informou a identidade dos líderes do grupo, mas destacou que foram
bloqueadas 80 contas bancárias dos envolvidos.
No total, a
operação cumpre 81 mandados judiciais, sendo 21 mandados de prisão preventiva,
11 mandados de prisão temporária, 15 conduções coercitivas (quando alguém é
levado para depor) e 34 mandados de busca e apreensão, que estão sendo
cumpridos em Goiás e Mato Grosso do Sul.
Até 11h45,
25 mandados de prisão tinham sido cumpridos na operação. No entanto, a PF não
informou todos os locais das detenções.
Ações no Paraguai
Mais de 200
policiais participam da operação. No Paraguai também está sendo realizada a
destruição dos plantios de droga nas fazendas de propriedades do grupo
criminoso.
“A polícia
paraguaia está atuando neste momento nas plantações identificadas naquele país,
principalmente na região de fronteira, e também busca identificar outros
envolvidos com o esquema. Esse apoio deles é muito importante”, destacou Bruno
Gama.
Segundo ele,
entre os presos na operação estão os responsáveis pelas plantações no Paraguai.
"Esses integrantes ficavam em Ponta Porã (MS). Ao longo das investigações,
foi comprovado que eles integram toda uma organização, que agia desde a
plantação até a distribuição da droga”.
A PF explica
que o método “Cavalo Doido” diz respeito ao modo de transportar os
entorpecentes. Os veículos utilizados tinham bancos e acessórios arrancados e
todo o espaço era ocupado com grande quantidade de drogas, sem qualquer tipo de
disfarce. Carregado, o carro seguia em grande velocidade, sem paradas e sem
respeitar qualquer tipo de sinalização ou autoridades públicas. O objetivo era
evitar perdas e chegar o mais rápido possível ao ponto onde o entorpecente
seria vendido.
“O era
produzido no Paraguai era colocado em veículos roubados ou dublês e encaminhado
para o estado de Goiás. Chegando aqui, faziam a distribuição do material para
os compradores em Goiás e nos demais estados. O transporte então era feito da
maneira conhecida como ‘Cavalo Doido’, já que eles tiravam os bancos dos
veículos e enchiam todos os compartimentos com drogas. O condutor vinha sem
obedecer qualquer parada, em alta velocidade”, explicou Gama.
O delegado
explicou que os investigados devem responder por tráfico internacional de
drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa, tráfico internacional de
armas, adulteração de arma de fogo e porte ilegal de armas. Se somadas, as
penas podem ultrapassar 30 anos.
Operação Argus
No Rio
Grande do Sul, a Polícia Federal também realiza uma ação contra tráfico
internacional de drogas, nesta sexta-feira, com objetivo de desarticular uma
rede de transporte que atua na fronteira entre Brasil e Paraguai. A Operação
Argus cumpre mandados no estado gaúcho, Paraná e Mato Grosso do Sul, além do
Paraguai.
Fonte: G1
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