Raio-X do Bolsa Família revela que auxílio foram pagos a cadastros irregulares em Alto Paraíso e Divinópolis de Goiás
Foi
divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Ministério Público Federal (MPF) o
“Raio-X Bolsa Família”, ação coordenada pela instituição que tem como objetivo
diagnosticar o maior programa de transferência de renda do governo federal.
Em todo o
país, mais de 870 mil beneficiários do programa Bolsa Família são suspeitos de
não cumprir os requisitos econômicos estabelecidos pelo governo federal.
O “Raio-X”
no estado de Goiás revelou que, dos 565 mil beneficiários do programa,
aproximadamente 18 mil não são aptos a receber do auxílio.
No período
do ano de 2013 até maio de 2016, foram destinados mais de R$ 1,86 bilhão ao
governo estadual, desse valor, quase R$ 63,5 milhões foram pagos aos cadastros
irregulares.
A partir dos
cruzamentos de dados públicos fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), pela Receita Federal e pelos Tribunais de Contas estaduais e municipais,
uma ferramenta de inteligência desenvolvida pelo MPF foi utilizada para
investigar os casos suspeitos.
No nordeste
goiano, dois municípios foram responsáveis por quase 13% dos casos investigados,
Alto Paraíso de Goiás e Divinópolis de Goiás.
Vários municípios
estão sendo investigados no estado, na qual cinco foram responsáveis por quase
40% dos casos investigados, Moiporá, Alto Paraíso de Goiás, Firminópolis, Rio
Quente e Três Ranchos.
Os cadastros
suspeitos foram classificados em grupos. O maior indicativos de renda incompatível
com o perfil de pobreza ou extrema pobreza exigido pelas normas do programa,
foram os empresários, com 16.237; seguidos por servidores públicos (clã de até
4 pessoas), com 1.921 ocorrências; doadores de campanha 217; falecidos 188 e
servidores públicos doadores de campanha, com 29 casos.
Ainda de
acordo com o diagnóstico divulgado pelo MPF, apenas 31 cidades não apresentaram
indícios de pagamento suspeito. O Rio Grande do Sul é o estado com maior número
de municípios para os quais não foram detectados indícios de irregularidade
(com 20 municípios na lista), seguido de Santa Catarina (com seis), São Paulo
(com três) e Minas Gerais (com dois).
Fonte: O
Popular
Comentários
Postar um comentário