O leilão de
privatização da distribuidora de energia elétrica goiana Celg-D, controlada
pela Eletrobras, está garantido para 30 de novembro, dado que houve
apresentação de proposta econômica e da documentação exigida por ao menos um
investidor, afirmou à Reuters na sexta-feira (25) uma fonte com conhecimento do
assunto.
Se
confirmado o sucesso na sessão presencial na BM&FBovespa, o leilão
movimentará ao menos 1,79 bilhão de reais, dos quais no mínimo 913 milhões de
reais irão para os cofres da Eletrobras e o restante para o governo de Goiás.
O certame
também testará o apetite dos investidores por ativos no Brasil em um momento em
que o governo do presidente Michel Temer pretende emplacar uma série de privatizações
e concessões ao mesmo tempo em que o país enfrenta a maior recessão em décadas.
Os
interessados na Celg-D tinham até as 12h da última sexta-feira para entregar
proposta e documentos.
A fonte, que
falou sob a condição de anonimato, não detalhou se mais de uma empresa entregou
a documentação e nem citou nomes.
Anteriormente,
o leilão da Celg-D havia sido agendado para 19 de agosto, mas acabou adiado
dias antes devido à falta de apresentação de propostas por investidores.
O certame
havia sido preparado e agendado ainda antes do afastamento da presidente Dilma
Rousseff em processo de impeachment, a um preço mínimo de 2,8 bilhões de reais,
que foi citado por elétricas como CPFL e Energisa como motivo para o fracasso
da primeira tentativa de venda.
Procurado, o
Ministério de Minas e Energia não comentou imediatamente.
INTERESSADOS
Em meados de
setembro o governo disse que ao menos sete empresas poderiam avaliar a
aquisição da Celg-D, entre as quais State Grid, a italiana Enel, a Neoenergia,
da espanhola Iberdola, e as brasileiras Energisa e Equatorial.
"A
State Grid é a grande favorita, eles são a bola da vez", disse o diretor
da consultoria Excelência Energética, Erik Rego.
Em evento em
São Paulo nesta semana, o vice-presidente de Operação e Manutenção da State
Grid, Ramon Haddad, disse que a companhia avaliava participar da licitação, mas
não dar detalhes.
Na
sexta-feira (25), o diretor da Enel no Brasil, Carlo Zorzoli, disse que não
comentaria a eventual participação porque o processo está em andamento.
Depois da
Celg-D, a Eletrobras pretende vender outras seis distribuidoras de energia
elétrica que atuam no Norte e Nordeste. As privatizações foram incluídas no
Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do governo federal, que também
inclui aeroportos, rodovias e outros projetos.
Fonte: Extra
Fora Eletrobrás! Fora "Governo" de Goiás"
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